A Polícia Civil acredita que vizinhos do aeroporto Internacional de Viracopos tenham matado os dois gaviões e dois falcões que ficavam em um viveiro no terminal de Campinas, interior de São Paulo.
Essas aves eram treinadas e usadas para espantar pássaros que causam risco à aviação, como urubus. O caso foi em meados de abril e desde então, a polícia realiza oitivas, mas até agora não chegou a um suspeito. Há uma linha, inclusive, de que pessoas insatisfeitas com a desapropriação de uma área do entorno tivessem cometido o crime, mas policiais ainda preferem não gravar entrevistas sobre o inquérito.
O viveiro de pássaros é de uma empresa terceirizada e logo no início das investigações, a polícia já descartava a participação desses prestadores do serviço.
Para o especialista em segurança pública, Ruyrillo Magalhães há uma falha na segurança no terminal e falta de investimentos, principalmente na Polícia Civil. Ruyrillo foi delegado em Viracopos na década de 90 e hoje vê um sucateamento nas investigações.
A concessionária Aeroportos Brasil Viracopos informou que não irá comentar as investigações, mas diz que colabora com a Polícia Civil. Sobre a área em que os pássaros estavam, diz que é pública e bem próxima ao quartel da Polícia Militar. Dois gaviões já foram enviados ao aeroporto e outros dois falcões devem ser repostos nos próximos dias.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado não respondeu a reportagem a até o fechamento.