Alvo de um protesto de trabalhadores da empresa Albatroz na manhã desta terça-feira, a Prefeitura de Campinas reconheceu que enfrenta problemas para realizar os repasses nos dias do vencimento. O Executivo atribui a dificuldade à crise econômica e à queda na arrecadação e alega que tem tentado o diálogo com fornecedores e prestadores de serviço para evitar que a população da cidade seja afetada.
A resposta através de nota foi enviada após um ato de cerca de 30 funcionários da vigilância que bloqueou o trânsito na Avenida Anchieta, na região central. O grupo reclama do atraso nos salários. O vigilante Marcelino Donizete afirma que a falta de pagamento já havia acontecido no mês de abril.
Ele questionou a terceirizada sobre a situação e ouviu que a culpada seria a Administração. Segundo ele, a empresa ainda alega que enfrenta dificuldades para receber os valores há pelo menos seis meses e que por isso não teria dinheiro em caixa para pagar os vencimentos e direitos dos funcionários.
A Albatroz é a responsável pela segurança na cidade e assumiu o serviço em meados de 2016, depois que a falta de pagamentos causou o rompimento da empresa Gocil com o governo municipal. Na época, a terceirizada chegou a demitir cerca de mil trabalhadores devido ao problema, mas grande parte deles foi recontratada pela Albatroz. Hoje, eles atuam em centros de saúde e escolas municipais.
Depois da passeata pelo centro de Campinas, que e causou lentidão e obrigou a Emdec a realizar desvios para os motoristas, o grupo de trabalhadores se concentrou nas escadarias do Paço Municipal.
