A semana começou com superlotação no Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, interior de São Paulo. Na ala adulto, o atendimento logo no início da manhã desta segunda-feira (22/05) estava 600% acima da capacidade. Na parte infantil, suspensão dos acolhimentos devido à situação na UTI pediátrica que estava superlotada – 10 leitos e 12 crianças internadas. A enfermaria, também sem condições de receber mais pacientes.
A reportagem não pôde entrar no PS, mas pela porta vimos macas nos corredores e atendimento feito nesses locais. Luis Carlos Gomes de Sousa, que buscou o serviço de saúde, relatou os problemas que começaram no final de semana. O diretor da unidade adulto afirmou que não havia falta de médico, mas que a procura de fato estava bem acima, causando a superlotação no PS.
No caso da ala infantil, desde sexta-feira, a Unicamp pede que a população não busque a unidade. Jenniffer Paula não sabia e levou o filho de seis anos que está há uma semana com problema de saúde. Ela saiu revoltada. O chefe da emergência pediátrica, Fernando Belluomini, explica que a suspensão é necessária para atender as crianças internadas.
Além das alas adulto e infantil, Talita Cristina que está grávida contou que tentou atendimento no CAISM, que é o Centro de Saúde da Mulher da Unicamp e foi encaminhada ao Pronto Socorro.
A assessoria de imprensa da Unicamp reforça que é uma unidade referenciada e atende casos de emergência. A Secretaria de Saúde lamenta a situação e sobre os atendimentos infantis diz que há remanejamento nos hospitais municipais. O período é crítico diante do Vírus Sincicial Respiratório que neste ano está mais agressivo. Segundo a pasta, se percebeu uma estabilidade no número de casos e há expectativa de um cenário melhor para os próximos dias.