Um levantamento realizado pelo Conselho Municipal de Saúde de Campinas apontou que 70% dos usuários dos Centros e Postos de Saúde do município encontram alguma dificuldade de acesso às consultas médicas. Entre os principais problemas apontados estão a dificuldade de agendamento no dia certo, tempo de espera de até 90 dias para a consulta, falta de manutenção de equipamentos e falta de profissionais médicos nos locais de atendimento.
Outra constatação é a falta de mais de 40 itens, entre medicamentos e materiais de enfermagem, sendo que grande parte estaria no almoxarifado central e não seria distribuída por falta de funcionários. O levantamento foi realizado junto aos conselhos locais entre abril e maio e reúne todos os centros e postos de saúde de Campinas. De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campinas, Maria Haydee de Jesus Lima, o comprometimento do serviço oferecido é maior nas unidades que estão localizadas na periferia da cidade, como os Centros de Saúde do Parque Oziel e do Parque Floresta. Para os usuários dos CSs do Parque Oziel e do Parque Floresta, o levantamento só expôs a realidade das unidades de saúde.
O secretário de saúde de Campinas, Cármino de Sousa, questionou a metodologia usada no levantamento do Conselho Municipal de Saúde e informou que o município realiza um acompanhamento mensal, onde o índice apresentado é bem inferior ao dado em questão. Os dados apontados pelo levantamento do Conselho Municipal de Saúde são semelhantes aos números do relatório apresentado pelo Movimento Popular de Saúde de Campinas.