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Sindicato e associação: incerteza e otimismo com Viracopos

O período de transição que deve se iniciar no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, preocupa o diretor regional do Sindicato dos Aeroportuários, Alberto Carvalho. Para ele, o processo gera bastante incerteza. Já o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo, Ricardo Miguel, vê com otimismo a troca na gestão. Na visão dele, ela deve facilitar a execução das atividades especializadas no terminal.

As reações surgem poucos dias depois da decisão da concessionária de devolver Viracopos ao Governo Federal. A medida foi definida após uma assembleia dos acionistas e seria oficializada junto à Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac. No caso do diretor da entidade que representa os funcionários do aeroporto, a apreensão e as dúvidas dentro da categoria são justificadas devido às indefinições dos órgãos do governo. O temor é pela perda de postos de trabalho.

A expectativa sobre o futuro existe porque a Lei 13.448, sancionada em junho, prevê que a prestação do serviço seja mantida durante o processo de relicitação, caso seja aprovado pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimento. Ou seja, a administração do aeroporto pode ainda ficar com a Aeroportos Brasil Viracopos por pelo menos mais 24 meses, prazo estipulado para a nova licitação. A Infraero, no entanto, disse acompanhar de perto a evolução do caso.

Na avaliação do presidente da associação das empresas especializadas em segurança, passageiros e bagagens, a Abesata, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária é justamente a mais indicada para assumir o posto. Crítico à administração da concessionária, principalmente devido à imposição de uma série de cobranças consideradas abusivas no ano passado, ele não vê chances de piora com a mudança e vê nisso uma espécie de oportunidade.

Viracopos foi arrematado em um leilão em 2012 por R$ 3,8 bilhões. Desde então, todas as projeções feitas sobre passageiros e cargas não se concretizaram e a Aeroportos Brasil Viracopos acumulou uma dívida de R$ 470 milhões. A outorga de R$ 173 milhões referente à licença de 2016 também não foi paga. A situação gerou ainda mais desgaste e contribuiu na decisão pela devolução. Agora, uma nova licitação deve ser feita pelo governo em dois anos.

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