Uma moradora do Jardim Nova Europa foi a primeira a contrair chikungunya em Campinas. Ela foi infectada e manifestou os sintomas em junho, mas a confirmação só foi feita agora após a conclusão de todos os testes laboratoriais. Segundo o secretário de Saúde, Cármino de Souza, a mulher começou a apresentar os sinais da doença no dia 10 de junho.
Ela teve febre e dores nas juntas, ficou internada por 10 dias em um hospital particular e foi curada. Atualmente, porém, ainda sente alguns incômodos, principalmente nos punhos, o que demonstra uma das principais características da doença. Mesmo depois que o vírus desaparece, a pessoa infectada pode passar a sentir dores crônicas.
Este é o primeiro caso autóctone na história da cidade. Até então, oito ocorrências importadas haviam sido registradas. Com isso, a Pasta de Saúde contabiliza agora nove confirmações, mas cinco casos ainda são investigados. A paciente mora há cerca de 30 metros de outra mulher que contraiu chikungunya em visita a Porto Seguro, na Bahia, no mês de maio. Ela foi picada por um mosquito aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e do zika vírus.
O secretário afirma que medidas de controle foram adotadas a partir dessa situação na região do Jardim Nova Europa, como visitas nas casas e no quarteirão das duas moradoras, além de nebulização com o apoio da Sucen. Mesmo assim, a preocupação é com o grande fluxo de pessoas vindas de outros países e regiões do Brasil em Campinas, e pelo fato de que toda a população é suscetível à contaminação, já que só quem contraiu a doença se torna imune.
Além disso, a proximidade do verão, quando os mosquitos se reproduzem mais facilmente, também serve de alerta e faz com que os mutirões aos sábados sejam retomados no município a partir de outubro e se estendam até abril de 2018. A intenção é combater a chikungunya e as outras doenças, que também tiveram os dados divulgados pela Administração Municipal. Até julho de 2017, Campinas registrou 105 casos confirmados de dengue e 49 de zika vírus.
