De janeiro a junho as vendas na Ceasa Campinas cresceram 6,9%. Já o preço médio dos produtos caiu 21%. As mudanças em relação ao mesmo período de 2016 aproximam os resultados dos níveis registrados antes da crise no País. O volume acumulado no primeiro semestre foi de 319,3 mil toneladas de produtos de hortifrúti, o maior desde 2012, ano que precedeu a queda da economia. Nos seis primeiros meses do ano passado, foram 298,6 mil toneladas. Os dados sinalizam uma retomada no consumo de frutas e hortaliças.
O engenheiro agrônomo Ricardo Munhoz, do Departamento de Hortifrutigranjeiros do entreposto, vê a normalização dos dados do setor. O preço médio dos produtos passou de R$ 2,99/kg no primeiro semestre de 2016 para R$ 2,36/kg no mesmo período deste ano. Na lista de exemplos, alguns alimentos que costumam ser básicos na mesa chamam a atenção. A batata lidera com 25,1% de acréscimo nas vendas e queda de 42,6% nos valores médios. Foram 42,4 mil toneladas comercializadas e custo médio de R$ 1,52/kg.
No caso do tomate, a oferta caiu 1,55%, mas o preço também, 23,23%. Para o engenheiro agrônomo da Ceasa, a retração nas vendas pode ser atribuída à sazonalidade própria do item no mercado. Por outro lado, a redução do preço confirma a importância de alguns alimentos para a composição da média geral. Além da batata e do tomate, ainda compõem a lista dos produtos mais comercializados a melancia, com 12,7% de aumento nas vendas e queda de 23% nos preços, e o mamão com crescimento de 16,9% e valores caindo 43,9%.
A proximidade dos índices com os níveis registrados antes da crise deixam os permissionários do local mais otimistas. Depois de um ano ruim em faturamento na comparação com o que costumava ser, a expectativa é boa. Como o segundo semestre tradicionalmente é melhor, o proprietário de um box, Pascoal Antônio Donizette, explica que o calor das últimas semanas já causou um efeito positivo no setor. Por isso, diz que espera uma melhora até 2018:
