O policial civil que seria o responsável por trocar drogas no cofre do Denarc foi detido após expedição de mandado de prisão temporária, sendo que o prazo já foi prorrogado pela justiça.
O caso é investigado pelo Gaeco do Ministério Público de Campinas e de acordo com informações apuradas pela reportagem, esse policial trabalhava no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico de São Paulo e integraria uma suposta quadrilha que alimentaria com armas e entorpecentes, a facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.
O papel dele seria trocar a droga pura que era apreendida em ações do Denarc por uma mistura de “droga ruim”, produzida pelo grupo criminoso. O entorpecente “bom” iria para a facção.
Esse esquema já foi alvo de uma ação do MP em outubro do ano passado, quando 11 pessoas foram presas na Operação Tormenta. Os mandados foram cumpridos em Campinas e outras cidades de São Paulo. Outro policial civil do Denarc, que seria chefe da quadrilha, chegou a ser preso. O promotor Jandir Torres Neto, na ocasião, comentou a prática criminosa.
Na ocasião da operação, a forma como o policial do Denarc alimentava a facção ainda era investigada, com duas hipóteses – a de que as drogas apreendidas nem chegassem ao Departamento Estadual, ou que fosse levada até o órgão e depois sofresse o desvio.
O avanço das investigações culminou na expedição do novo mandando de prisão do policial, apontando para a hipótese de que situação criminosa ocorria dentro mesmo do Denarc, mas precisamente no cofre.
