Atropelamentos envolvendo ônibus de Campinas reacendem discussão sobre segurança do serviço

Em 25 de novembro de 2016, idoso morreu atropelado por ônibus no centro de Campinas (Foto: Stephanie Haidar)

A morte de um homem de 70 anos nesta segunda-feira, atropelado por um ônibus no corredor da Avenida das Amoreiras trouxe à tona o debate sobre a segurança no transporte público de Campinas. De janeiro até agora, foram seis vítimas fatais registradas no município. O índice já superou o número registrado em todo o ano passado, quando cinco pessoas perderam a vida depois que foram atropeladas por ônibus do transporte público.

Com os indicadores ruins, o pedido de uma CPI dos Transportes em Campinas volta à tona, para investigar não só os assuntos relacionados à segurança, mas de todos os aspectos, como contratos por exemplo. O pedido já foi rejeitado na Câmara de Campinas, já que para ser acatado há a necessidade da assinatura de pelo menos 11 vereadores, o que corresponde a um terço dos parlamentares da casa. Quem está a frente desta questão é a ex-vereadora Marcela Moreira, que afirma que tem se reunido com setores da sociedade, pedindo para que as pessoas pressionem os parlamentares a instaurarem a comissão.

Nos casos envolvendo atropelamentos, geralmente a figura do motorista fica mais exposta. Para o sindicato que representa a categoria, a questão não pode ser resumida na culpa do condutor. O diretor da entidade, Carlos Rivelino, afirma que as empresas exercem uma pressão muito grande em cima dos trabalhadores e que o modo de atuação do sistema deveria ser revisto. A afirmação do diretor do sindicato dos motoristas de Campinas causou estranheza, segundo afirmou o secretário de transportes de Campinas e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. Segundo ele, toda ordem de serviço dada aos profissionais estão dentro da capacidade de cumprimento da tarefa estabelecida.

A Emdec informou ainda que a acidentalidade com vítimas fatais em Campinas vem reduzindo a cada ano. A empresa municipal realiza ainda campanhas educativas, envolvendo motoristas e pedestres, com o objetivo de minimizar os riscos de atropelamentos na cidade. Procurado, o Sindicato das Empresas de Transportes de passageiros da RMC preferiu não comentar antes de fazer uma análise de cada acidente envolvendo exclusivamente os ônibus, já que não necessariamente, houve imprudência dos motoristas.

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