O setor da construção civil no estado de São Paulo vai encerrar o ano negativo, mas a tendência é de que as coisas comecem a melhorar a partir do ano que vem. É o que aponta o balanço divulgado pelo Sinduscon, o sindicato que representa a categoria. Mesmo com o PIB registrando um índice positivo de 0,9%, o setor registrou queda de 6,4%, quando os índices são comparados com os dados de 2016.
As justificativas para o desempenho ruim estão relacionadas ao excesso de ofertas no mercado imobiliário, às contratações do Minha Casa, Minha Vida aquém da meta, aos efeitos da lava jato, ao desemprego elevado e às restrições de crédito. Em relação ao crédito habitacional, de janeiro a setembro, as contratações diminuíram 3% e o número de unidades financiadas caiu 11% em relação a 2016.
Outro número alarmante foi a evolução do emprego na construção do Brasil, que apontou que entre dezembro de 2014 e 2017 serão fechados 1,1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Isso indica que a projeção de emprego no setor retornou ao patamar em que estava em 2009. No entanto, em Campinas, no acumulado de janeiro a outubro, o emprego formal registrou leve alta, comparado a 2016, de 3%.
Mesmo com os índices apresentados, a tendência para 2018 é de melhora, como afirmou o diretor regional do Sinduscon em Campinas, Márcio Benvenutti. Ele afirma que o ano eleitoral pode ser prejudicial para o setor, mas a tendência é de que a construção volte a crescer antes mesmo da campanha. No acumulado de janeiro a outubro, as cidades que mais registraram queda no emprego formal foram Indaiatuba, com redução de 16,95%, Limeira, com queda de 13,21% e Piracicaba, com queda de 12,37%.
