A proposta de Comissão Processante que pode culminar na cassação do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, é alicerçada na avaliação de que o chefe do executivo cometeu Infração Político Administrativa, dentro do caso Ouro Verde.
O Ministério Público já apontou desvio de verba por parte da então gestora do hospital, a OS Vitale e possível envolvimento de agentes públicos.
O advogado Paulo Henrique Franco Bueno elaborou a peça e pelos indícios reunidos, avalia que o prefeito Jonas foi omisso no caso.
O advogado Paulo Henrique Franco Bueno vê ainda omissão e negligência por parte de secretários e servidores do governo Jonas.
O diálogo que foi interceptado com autorização da Justiça, entre a presidente da OS Vitale, Aparecida Bertoncellos, e o suposto lobista Fernando Vitor Franco, deixaria isso claro.
A mulher, conhecida como Tata, cita Maurício Rosa que foi nomeado diretor administrativo da Secretaria Municipal de Saúde pelo prefeito Jonas Donizette.
Na conversa, se percebe uma preocupação da Vitale em perder o contrato com a prefeitura, o que teria sido amenizado por Maurício, suposto elo entre administração e organização social.
Além desse áudio, a peça reúne provas desde o processo de licitação da Vitale. Apesar do embasamento, Paulo Henrique Franco Bueno não está tão otimista com a abertura da Comissão Processante no legislativo, por questões políticas.
Falamos com a assessoria de imprensa do prefeito Jonas Donizette que disse que ele já esclareceu todos os pontos, reforçando que não tem qualquer envolvimento com o suposto esquema de desvio de verba da saúde.