Com a procura pela vacina contra a febre amarela até 10 vezes maior em alguns centros de saúde, Campinas agora exige comprovante de residência para a imunização. A intenção é garantir as doses para quem vive no município.
A medida foi tomada depois que moradores de fora, principalmente da Capital Paulista, passaram a buscar as unidades da cidade para a vacinação. Luiz Gustavo Falopa, por exemplo, diz não ter conseguido a aplicação em São Paulo.
A situação foi definida pelo secretário de Saúde, Cármino de Souza, como uma “invasão”. Segundo ele, locais que antes faziam sete aplicações passaram a fazer mais de 200 nos últimos dias. Em outros, pacientes chegavam até dê ônibus.
Diante do aumento considerado expressivo, explica que a determinação de exigir comprovação de residência foi uma maneira de evitar que a rede pública sofresse com a falta do medicamento. Porém, alega que a medida é pontual.
Mas a decisão gerou reclamações entre os moradores de municípios vizinhos que trabalham em Campinas e que passam a maior parte dos dias na cidade. Para Rodolfo Dias, de Hortolândia, eles também deveriam ser contemplados.
Questionado sobre isso, o secretário de Saúde, Cármino de Souza, afirma que essas pessoas serão aceitas e poderão ser vacinadas. Para isso, basta que apresentem comprovantes de que trabalham no município, como holerites.
Para quem mora em Campinas, serão aceitas contas de água, luz e telefone, além de contrato de aluguel, demonstrativos enviados pelo INSS, carnês do IPTU e até faturas do cartão de crédito que possam comprovar a residência.
De acordo com as estimativas da Prefeitura, cerca de 900 mil pessoas já foram vacinadas, o que equivale a 80% da população. A Pasta de Saúde, no entanto, recomenda aos que planejam viajar em breve que se imunizem o quanto antes.