As contas chegam atrasadas para Alice Vidal e Sérgio Bizu, em Campinas. Ela mora no Cambuí. Ele, no Jardim Chapadão. O problema começou em setembro de 2017 e tem deixado os dois preocupados devido ao risco de juros e multas. A demora na entrega das correspondências nunca havia acontecido antes nos dois bairros. Sérgio mora há dois anos na Rua Tenente Haraldo Egídio de Souza e relata ter recebido em janeiro uma conta com vencimento em outubro.
Ciente da situação, diz que tem se adiantado e buscado as faturas e boletos na internet para evitar os prejuízos. Ainda assim, convive com a tensão e pede uma solução, já que as empresas e as lojas não têm culpa pelos atrasos frequentes. Indignado com o que considera um descaso, ele recorreu às redes sociais para tentar buscar uma resposta.
Em um tópico criado em um grupo do Facebook, encontrou centenas de pessoas que dizem enfrentar a mesma dificuldade. Alice Vidal, moradora da Rua Bandeirantes no Cambuí, foi uma delas e confirma que a panorama piorou no fim de 2017. Apesar de recorrer a internet e buscar o diálogo para resolver as pendências, diz viver “um tormento”.
Os Correios foram procurados e informaram em nota enviada pela assessoria que os atrasos ocorrem devido à sobrecarga de objetos postais no centralizador, local onde a carga é tratada antes de ir para as unidades de distribuição. O comunicado ainda diz que a previsão é que a situação seja normalizada até fevereiro, já que tem feito mutirões e utilizado trabalhadores temporários, assim como empregados de outras unidades nas ações do centralizador da empresa.
