Representantes dos conselhos municipais de Saúde de Campinas se reuniram nas escadarias do paço municipal da Prefeitura, na tarde desta quarta-feira, para um Ato em Defesa do Sistema Único de Saúde do município. A manifestação contou com a presença ainda de entidades sindicais e movimentos sociais.
De acordo com informações da presidente municipal do Conselho de Saúde, Haydée Lima, a proposta é debater a crise na Saúde de Campinas e construir propostas coletivas.
Segundo ela, quando os conselheiros locais expõe os problemas encontrados em suas unidades, começam a perceber que outras regiões também enfrentam as mesmas dificuldades e que não estão sozinhos diante da adversidade.
Ela também disse que os conselheiros já a informaram de problemas como autoclaves (aparelhos para esterilizar instrumentos) quebrados, banheiros interditados, infiltração de água nos prédios além de salas interditadas.
Haydée citou várias denúncias que acarretam em prejuízo aos moradores que acabam não conseguindo ter um atendimento adequado, de qualidade e em um tempo razoável
A presidente do Conselho Municipal de Saúde informou que vai encaminhar toda a demanda à Secretaria de Saúde para que chegue até o Secretário para que ações sejam adotadas.
A prefeitura de Campinas se posicionou por meio de nota. Com relação a estrutura das unidades de saúde disse que para este ano estão previstas diversas reformas em todas as regiões da cidade. Dentro do Programa Saúde em Ação, parceria do Estado com o BID, serão reformadas nove unidades de saúde. Além disso, serão iniciadas as construções dos CSs Nova América, Esmeraldina, Boa Vista e São Cristóvão.
O CS do Jardim Bassoli também faz parte do Saúde em Ação, mas ainda não tem prazo definido para início da obra. Dentro do Programa Saúde Melhor, em 2018, serão reformadas as unidades do Rosália, da Vila Ipê, do Santa Rosa, Santo Antônio e Santa Odila.
Com relação a falta de medicamentos, a prefeitura disse que há 164 medicamentos disponíveis à população nas farmácias dos Centros de Saúde. É uma das cestas mais completas entre os municípios brasileiros. A falta temporária acontece por diversos motivos, entre eles problemas com fornecedor e dificuldade na compra em razão de falta de matéria prima. A Pasta informa que está providenciando a reposição dos itens em falta o mais rápido possível.
Por fim, com relação aos profissionais de saúde disse que desde 2013, a Prefeitura de Campinas realizou 11 concursos e processos seletivos voltados para a contratação de profissionais. A administração tem mantido a política de priorizar os lugares com maior dependência do SUS. Mais de 2,5 mil profissionais foram contratados para a rede de saúde.