Pãozinho, Pão massa grossa, Cacetinho, Pão careca, Média, Filão, Pão jacó, Pão aguado, Pão de sal e Pão carioquinha… ele tem diversos apelidos por todo o Brasil, mas você está acostumado a chamá-lo de Pão Francês. Estrela do café da manhã dos brasileiros, o pão francês não existe na França. Como a Torta Holandesa e a Palha Italiana, o pão francês é uma invenção brasileira.
Até o início do século XX os brasileiros comiam um pão com casca e miolo escuros e que se assemelhava ao pão italiano. Nessa mesma época os franceses comiam o precursor da baguete, um pão curto, cilíndrico, com miolo duro e casca dourada. Nessa época a burguesia brasileira adotou a cultura francesa da “Belle Époque” como padrão, não apenas na gastronomia, mas também na moda, nas artes e nos hábitos sociais. Tentando imitar os franceses, elite descreviam o pãozinho para seus padeiros, que faziam o possível para reproduzir a receita através da descrição. Diferente da sua inspiração francesa que leva açúcar e gordura na massa, o nosso pãozinho é feito somente com farinha de trigo, água, sal e fermento biológico