Solução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas, empatia, inteligência emocional, bom senso e tomada de decisão. Essas são algumas das competências que serão mais exigidas no mercado de trabalho.
A lista do Fórum Econômico Mundial aponta as tendências de aptidões necessárias para os profissionais na próxima década, a partir de 2020, mas também serve de alerta para a realidade do ensino nas escolas e universidades.
Nos colégios particulares, onde o vestibular se tornou o foco ao longo dos anos, a mudança já começou. Para a coordenadora do Ensino Médio da Escola Comunitária Campinas, Maria Alice Coelho, os atributos pessoais estão em alta.
Se nas escolas públicas isso ainda parece ser uma difícil adaptação, principalmente pelos problemas de falta de estrutura e pelo debate sobre a qualidade do ensino, muitas empresas tem buscado promover essa alteração.
De acordo com o gerente de Educação Corporativa da CPFL, Flávio Roberto Albrandt, a intenção é fazer com que o aprendizado aconteça principalmente através das próprias vivências e também com pessoas mais experientes.
O diretor de Recursos Humanos da empresa Robert Bosch, Fernando Tourinho, fala que a série de novas aptidões e exigências já é uma realidade para muitos negócios. Atualmente, para ele, os diplomas são uma etapa do aprendizado.
Para muitos especialistas, as aulas expositivas serão menos aplicadas no futuro. Por esse motivo, projetos em grupo, estudos de casos e metodologias ativas devem ganhar espaço para promover a comunicação e as relações interpessoais.
As duas competências estão em um estudo patrocinado pelo Google for Education sobre o preparo de estudantes para o futuro. Na lista, estão ainda, trabalho em equipe, liderança, alfabetização digital e inteligência emocional.