A redução de 50% da frota de ônibus em Campinas fez com que muita gente saísse mais cedo do trabalho nesta quinta-feira. Motivada pela falta de diesel nas garagens, a medida da SetCamp refletiu no movimento de passageiros.
No Terminal Barão Geraldo, a movimentação foi grande já por volta das 15h, quando as plataformas ficaram cheias. No Terminal Central, as filas também já estavam longas pouco antes das 17h. Maria Aparecida estava em uma delas.
Ela esperou uma hora além do previsto pelo ônibus que pega todos os dias pela manhã. Resultado: chegou atrasada no trabalho, na região central. Acompanhada de pelo menos 10 pessoas, temia a demora na volta para casa.
A circulação de veículos coletivos começou de maneira normal nos horários de pico nesta quinta, mas por conta da falta de combustível a diminuição foi de 40% nos chamados períodos de entrepico, quando os pontos ficam mais vazios.
No decorrer do dia, porém, após reunião entre as concessionárias, o corte foi estendido para 50% em todos os horários. O diretor de comunicação do sindicato, Paulo Barddal, disse que a decisão garante a operação até esta sexta.
Cientes da situação, muitos estabelecimentos liberaram os funcionários mais cedo devido ao receio de falta de ônibus. Foi o caso do Hospital Oftalmológico Penido Burnier, na Avenida Andrade Neves, que encerrou o atendimento às 17h.
O panorama fez com que muitos pontos espalhados pelo centro da cidade ficassem cheios mais cedo. Silmara Ribeiro saiu meia-hora antes do habitual e mesmo assim se deparou com a plataforma cheia no Terminal Central.
Mas além do sistema municipal, as linhas intermunicipais também enfrentaram problemas. Em nota, a EMTU afirmou que a frota na RMC também teve redução de 50% nesta quinta e que monitora a situação nas garagens.
Ainda conforme o comunicado, a orientação é para que as empresas priorizem a operação nos horários de pico e nas linhas com mais passageiros. As nove permissionárias operam 150 linhas com uma frota de cerca de 500 veículos.