A picada de escorpião, na maioria das vezes, causa poucos sintomas, como vermelhidão, inchaço e dor no local da picada, entretanto, alguns casos podem ser mais graves. A vítima do aracnídeo pode sentir enjoo, ter vômito, dor de cabeça, espasmos musculares e queda da pressão, havendo até risco de morte. No caso de picada de escorpião, deve-se lavar o local com água e sabão, manter o local da picada voltado para cima, não cortar, furar ou apertar o local da picada, beber bastante água e ir o mais rápido possível a um pronto-socorro ou ligar para o SAMU.
Os tipos de escorpião mais perigosos são o escorpião amarelo, marrom, amarelo do nordeste e escorpião preto da Amazônia, mas a gravidade do quadro depende, também, da quantidade de veneno que foi injetada e da imunidade de cada pessoa. Para aliviar a dor e a inflamação no local da picada, é recomendada a aplicação de compressas com água morna, e o uso de analgésicos ou antiinflamatórios, sempre receitados pelo médico. Em pacientes com sintomas mais graves, é necessário o uso do soro antiescorpiônico, que será prescrito pelo médico do pronto atendimento, para cortar o efeito do veneno no organismo. Nestes casos, também é feita a hidratação com soro fisiológico na veia e observação por algumas horas, até os sintomas terem desaparecido.
Em Campinas, segundo a Secretaria de Saúde, foram 88 ataques do animal de janeiro a julho deste ano, praticamente um caso a cada dois dias. De acordo com o médico da unidade de vigilância de zoonoses de Campinas, Cláudio Castagna, em casos de incidentes com escorpiões, a pessoa deve manter a calma, evitar qualquer tipo de solução caseira e procurar um pronto socorro rapidamente. No estado de São Paulo, somente no primeiro semestre, foram registrados 11,5 mil ataques de escorpiões, 44% maior do que os números registrados nos entre 2015 e 2017. Neste ano, a secretaria de saúde do estado registrou cinco mortes em decorrência de picada de escorpião.