As chuvas registradas neste início de semana trouxeram algum alívio, mas não foram suficientes para tranquilizar as autoridades sobre o volume do sistema Cantareira. O reservatório registrou na tarde desta terça-feira 39,6% da capacidade, índice que indica preocupação para o abastecimento da região de Campinas e de grande parte da capital para o ano que vem.
Mesmo com essa situação ruim, não deverá faltar água nas cidades abastecidas pelo sistema até o final do ano. A afirmação é do Coordenador Adjunto da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Paulo Tinel, que disse ser necessário chover mais para minimizar os riscos de uma nova crise de abastecimento no estado de São Paulo. De janeiro a julho de 2018 choveu menos do que a média dos últimos 35 anos. Em alguns meses, maio e, agora, em julho, ficou muito abaixo da média. O Cantareira entrou em estado de alerta.
Pelas regras da Agência Nacional de Águas, quando o nível baixa de 40%, a retirada do reservatório precisa ser reduzida, de 31 mil para 27 mil litros por segundo. A Sabesp, empresa que abastece São Paulo, diz que vem tirando menos do que era permitido desde julho de 2017. Esse mês, por exemplo, foram 22 mil litros por segundo e que, se não tivesse feito isso, o Cantareira estaria com 15% da capacidade.