A chamada área branca do transporte público de Campinas, que abrange a região central, deve ser atendida por até 250 ônibus elétricos, número mínimo da frota de veículos não poluentes planejada pela Administração Municipal.
A informação foi detalhada pelo presidente da Emdec e secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, durante uma reunião do Conselho de Meio Ambiente no Salão Vermelho da Prefeitura sobre o uso de energia limpa.
Segundo Barreiro, os coletivos serão divididos em seis linhas municipais, vão circular em uma área de cerca de três quilômetros quadrados e um perímetro de sete quilômetros e devem representar 40% da rodagem total do sistema.
Além da área branca, o plano da Prefeitura é implantar o uso de ônibus elétricos nos três corredores do BRT – Ouro Verde, Campo Grande e Perimetral -, que atualmente estão em construção e já possuem alguns trechos concluídos.
Campinas atualmente possui 13 veículos não poluentes e assinou em março um acordo de cooperação com a CPFL Energia e a BYD do Brasil. A ideia é incluir o modelo de mobilidade elétrica na nova concessão do transporte coletivo.
O edital foi prometido para junho, mas não foi publicado e está atrasado há cerca de três meses. A licitação envolve o transporte convencional e o Programa de Acessibilidade Inclusiva por 15 anos, no valor de cerca de R$ 7 bilhões.
No posicionamento oficial mais recente sobre o assunto, a Emdec informou que “finaliza os últimos detalhes técnicos do edital de licitação” e que a previsão é de que o documento sobre o transporte do município “seja lançado em breve”.
Além do transporte público, o encontro do Condema discutiu ainda os altos custos para o uso dos carros elétricos no Brasil. Uma das dificuldades, por exemplo, é a estrutura para a instalação de carregadores em vias públicas.