Motoristas de apps cobram segurança após morte e assaltos

Foto: Valéria Hein

Motoristas da Uber, Cabify e 99 Pop em Campinas reclamam da insegurança nas ruas. O município registrou um latrocínio e uma série de assaltos desde o início deste ano. A principal reclamação é sobre a exposição no cotidiano.

A placa de identificação exigida pela Emdec, responsável pelo trânsito, é criticada pelos trabalhadores, que querem também o reforço nas medidas das plataformas, como avisos e alertas. O policiamento também é questionado.

Na noite do dia 4 de agosto, Amarildo Suffi, de 53 anos e cadastrado pela Uber, foi morto a tiros após atender um chamado. R$ 170 foram roubados.  Dois homens estão presos, mas a investigação da Polícia Civil segue em curso.

Allan Machado dirige pela Uber e pela 99 e diz ter escapado de situações suspeitas ao atender chamados pelo aplicativo, mas também acha perigoso trafegar entre uma corrida e outra devido à identificação na lateral do carro.

Casos recentes comprovam alta nos crimes deste tipo. Entre a noite do dia 18 e a madrugada do dia 19, por exemplo, dois motoristas foram assaltados. As ocorrências foram registradas no Campo Belo e no Jardim Indianópolis.

Na primeira, o trabalhador teve os pertences levados por um homem e uma criança quando estacionava. Na outra, quando passavam por uma lombada, o condutor e os passageiros foram rendidos por um trio que fugiu com o carro.

Um condutor da Uber que não quis se identificar reforça a reclamação sobre a obrigação da placa. Porém, considera que os apps deveriam dar um respaldo maior aos prestadores do serviço, com avisos e alertas sobre áreas de risco.

Ele também não acredita que aceitar dinheiro em espécie seja o problema, já que os bandidos muitas vezes querem o veículo e o celular. Além disso, opina que o fim dessa modalidade de pagamento resultaria na perda de clientes.

A Emdec foi procurada para se posicionar sobre os questionamentos e a possibilidade de revogar a obrigatoriedade de identificação, mas não respondeu. A Polícia Militar também não se manifestou até o fechamento da reportagem.

A Uber disse que “lamenta profundamente que motoristas parceiros sejam alvo da violência”, que “se coloca à disposição para colaborar com as autoridades” e que busca aprimorar a tecnologia para ser a plataforma “mais segura possível”.

Já a 99 Pop afirma que é uma empresa preocupada com a segurança de passageiros e motoristas e que “montou uma equipe composta por mais de 30 pessoas incluindo ex-militares, engenheiros de dados e até psicólogos”.

Por fim, a Cabify diz que “trabalha diariamente para garantir a segurança dos usuários e motoristas” e que “traz informações de todas as etapas de uma viagem”, fazendo com que as corridas “tenham diferentes tipos de registros”.

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