O Laboratório de Pesquisa em Aids da Unicamp completa em agosto 30 anos de existência, e trouxe ao longo dos trabalhos diversas descobertas e melhorias tanto para prevenção e diagnóstico como para a qualidade de vida das pessoas infectadas.
Dr. Ronaldo de Almeida Coelho, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, fala sobre os avanços alcançados através das pesquisas que são realizadas desde a descoberta do vírus.
Ele afirma que cerca de 800 mil brasileiros são portadores do vírus HIV, mas que trata-se de uma epidemia concentrada.
Estima-se que 72% dessa população esteja em tratamento. Dentre as pessoas que são tratadas, 91% delas já estão com carga viral suprimida, ou seja, são indetectáveis e não transmitem o vírus.
Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS apontam que, em 2017, a América Latina teve 100 mil novos infectados, e 37 mil mortes relacionadas à Aids.
Para o biotecnólogo André Oliveira, as pesquisas contribuíram para que o diagnóstico da doença seja cada vez mais precoce, o que dá ao paciente infectado maior expectativa de vida.
A Aids é uma doença crônica que pode ser fatal. Uma pessoa infectada pelo vírus HIV tem o sistema imunológico danificado, ficando exposta a infecções como tuberculose, toxoplasmose e Sarcoma de Kaposi.
A transmissão acontece através do ato sexual, ou contato com o sangue infectado de forma vertical, como mulher que seja portadora do vírus HIV e o transmite para o filho durante a gravidez.
Para prevenção é indicado o uso de preservativo durante a relação sexual, o não compartilhamento de agulhas e seringas, além da não utilização de objetos perfurocortantes em geral.