Durante encontro promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da RMC para a discussão da gestão e tratamento dos resíduos sólidos, o promotor de Justiça do Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente), Rodrigo Sanches Garcia, alertou que por falta de cuidado com a gestão do dinheiro público, algumas prefeituras da RMC estão custeando a recolha e destinação dos resíduos de saúde de particulares, como pets, farmácias, clínicas de estética e veterinária, por exemplo. O promotor lembra que existe uma Lei que determina que essa logística seja custeada pelas empresas e não pelo poder público.
Ele também criticou a meta de 10% para coleta seletiva em Campinas, que está nas regras para o edital de licitação do projeto de Parceria Público-Privada para a gestão do lixo. De acordo com o projeto de modelo de gestão, a previsão é de que 10% dos resíduos sólidos recolhidos passem por coleta seletiva. Os outros 90% seguirão para três usinas de reciclagem do rejeito, que é o material de baixa qualidade, que não pode ser aproveitado pelas cooperativas.
Uma meta muito tímida, na análise de Sanches, se considerado o horizonte de 30 anos, que é o tempo que será firmado com empresa vencedora da licitação para gestão do lixo de Campinas. Como forma de melhorar esses números, ele defende a educação ambiental e o investimento nas cooperativas de reciclagem. A Secretaria de Serviços Públicos garantiu que o material que seguirá para as cooperativas está previsto no modelo de gestão proposto e será respeitado, se colocando aberta a ampliar as discussões.