Jovem responsável pela morte de estudante na Unicamp será julgada em dezembro

Foto: Arquivo CBN Campinas

O julgamento da jovem acusada pela morte do estudante Denis Papa Casagrande durante uma festa na Unicamp em 2013, foi agendado para o dia 4 de dezembro pelo juíz José Henrique Rodrigues Torres, da 1a Vara do Júri de Campinas. De acordo com a Polícia Civil, o estudante de 21 anos foi esfaqueado por Maria Tereza Peregrino, e teve uma “anemia aguda” após ser atingido no coração.

A sessão deve começar às 9h30, e a previsão é de que 11 testemunhas de acusação e defesa prestem depoimento. Maria Tereza cumpre prisão preventiva em Franco da Rocha há dois anos.

Ainda segundo a Polícia Civil, a vítima foi morta por engano durante a festa. Na época, o delegado Rui Pegolo afirmou que o estudante foi confundido com outro jovem que teria assediado Maria Tereza, quando ela integrava um grupo autodenominado “anarcopunk”. A ré confessou ter dado a facada, mas alegou legítima defesa após, segundo ela, ter sido agarrada pelo estudante. A investigação contrapôs a versão após análise de provas.

A garota foi indiciada como autora do crime. O namorado dela, Anderson Mamede, foi condenado no ano passado pela Justiça a 18 anos de prisão por participação no homicídio. Ele agrediu Casagrande com golpes de skate após as facadas, e foi considerado culpado pelo júri para o crime de homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificulta a defesa da vítima – e teve a pena fixada em 19 anos de prisão em regime fechado. Porém, por ter menos de 21 anos na data do crime, a pena foi reduzida para 18 anos, pela atenuante. A defesa dele disse que recorreria à decisão.

Um terceiro jovem, André Ricardo de Souza Motta, também foi indiciado pela participação após admitir ter agredido a vítima.

Após a morte de Denis, a Unicamp aceitou a proposta de Geraldo Alckmin, então governador de SP, para que a Polícia Militar circulasse pelo campus, mas o convênio não foi firmado por causa da polêmica gerada, que levou um grupo de estudantes a ocupar a reitoria por 13 dias em protesto contra a medida.

A família da vítima é de Piracicaba. O estudante morava com amigos no distrito de Barão Geraldo para cursar Engenharia de Controle e Automação na Unicamp. Os agressores não estudavam na universidade.

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