A minuta do Plano Diretor Estratégico de Campinas propõe nove projetos para reaproveitar infraestruturas urbanas. A ideia é priorizar áreas abandonadas e realizar a revitalização, propondo uma parceria do poder público com a iniciativa privada. Um exemplo é a obra de extensão da Maria-Fumaça da Estação Anhumas até a Praça Arautos da Paz, que está parada desde 2007.
Trata-se de uma obra que seria importante para incrementar o setor de Turismo de Campinas, como lembra Cleusa Paulino, que trabalha próximo à estação Anhumas. A garçonete, Bruna Santos, também acredita no projeto como forma de trazer mais recursos para a cidade.
Para Maria Batista Carneiro e Maria Matilde Macedo, que moram perto da Praça Arautos da Paz, é lamentável que após 10 anos, pilastras e vigas da obra inacabada se tornaram elefantes brancos no bairro em meio a um matagal.
Outra obra parada é o ramal de bonde turístico ligando os distritos de Sousas e Joaquim Egídio pelo antigo Ramal Férreo Campineiro, com o objetivo de resgatar a memória e incrementar o turismo e o lazer da região e também desafogar o tráfego de veículos que circulam nos distritos. Manoel da Silva lamenta que quando parou, R$ 1 milhão já haviam sido gastos, sem que nenhum trilho tivesse sido instalado.
Outras obras que estão engavetadas são o Parque Linear ao longo do Ribeirão Anhumas, ligando a Vila Nogueira ao Jardim Flamboyant, com 1,1km previstos para a implantação de ciclovias, calçadas, mobiliário urbano e paisagismo, o Boulevar Cultural, que prevê equipamentos culturais integrando a Estação Guanabara, o Espaço CIS Guanabara e o IAC e o Parque Sorocabana, cuja proposta é utilizar 940 metros do leito desativado da Companhia Sorocabana para implantação de ciclovias e equipamentos culturais.
Procurada, a Prefeitura de Campinas não enviou resposta até o fechamento desta matéria.
