O segundo turno começou com votação marcada para o dia 28 de outubro no Brasil. Até lá, as campanhas devem ser novamente encampadas e reforçadas nas redes sociais. A afirmação é do professor de marketing político da PUC Campinas, Marcel Cheida. Para ele, mesmo com tempos iguais no rádio e na TV, os candidatos vão focar a internet.
Usando o exemplo da corrida presidencial, lembra que isso já aconteceu no primeiro turno. Neste caso, afirma que Jair Bolsonaro, do PSL, entendeu melhor e levou vantagem. Na opinião de Cheida, a aposta na criação e no compartilhamento rápido surtiu efeito. O trabalho e o investimento nessa tática, inclusive, começaram antes do período eleitoral.
Por esse motivo, o professor de marketing político prevê a repetição no segundo turno. Desta vez, porém, acredita que a campanha de Fernando Haddad, do PT, seja ampliada. O resultado disso devem ser postagens mais agressivas, principalmente pelo Whatsapp. A explicação é a facilidade em construir livremente narrativas que visam o favorecimento.
Com isso, as informações deixam de focar e priorizar a razão e ampliam o fator emocional. Para o professor da PUC Campinas, Marcel Cheida, isso ajuda a explicar o perfil do eleitor. Em meio aos enfrentamentos, à polarização e à troca de informações, Cheida faz um alerta. Com a emoção em alta e os ânimos acirrados, ele pede atenção com as notícias falsas.
Em São Paulo, além do presidente, a população vota para escolher também o governador. João Doria, do PSDB, e Márcio França, do PSB, também devem apostar no meio virtual.