Investigado e alvo de CP, Jonas nega irregularidades

Divulgação/Luiz Granzotto-Prefeitura de Campinas

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, nega ter participado do direcionamento de contratações, diz não ter envolvimento nos supostos desvios de verbas da saúde e da merenda e alega ter legitimidade para seguir no cargo.

Investigado em sigilo pela Procuradoria Geral de Justiça desde o fim de 2017, nos últimos dias o Chefe do Executivo viu o braço-direito ser preso, se tornou alvo na Câmara Municipal e foi denunciado pelo Ministério Público Federal.

Sobre o Caso Ouro Verde, justifica que as escutas não o comprometem e só comprovariam que ele não facilitou o funcionamento do esquema de corrupção. Jonas ainda ressalta que o ex-secretário Silvio Bernardin não foi denunciado.

Avaliando que a exoneração de um dos homens de confiança no governo ocorreu no momento certo, apesar das provas elencadas pelo Gaeco antes da prisão, o prefeito afirma que a medida foi tomada para que ele se defendesse.

O MP calcula que os desvios de dinheiro da saúde no Hospital Ouro Verde cheguem a R$ 7 milhões. Os promotores apontam que os contratos de serviços na unidade foram superfaturados em benefício de agentes públicos e privados.

Com base nesses relatórios, os vereadores aprovaram por unanimidade uma Comissão Processante que pode culminar na cassação de Jonas Donizette. A votação contou com apoio da base governista e é vista como “necessidade”.

Já sobre a denúncia do Ministério Público Federal, na qual é acusado de dispensa indevida de licitação para o serviço de merenda escolar, defende que a prática é comum.

De acordo com o MPF, pessoas ligadas à cooperativa Coaf entraram em contato com Jonas com a intenção de garantir a realização de chamadas públicas ao invés de licitações, o que configuraria a irregularidade e o monopólio da Coaf.

Conforme o texto do órgão, ele teria passado informações privilegiadas sobre o trâmite no qual a entidade concorreu sozinha. Questionado sobre isso, o Chefe do Executivo nega ter entrado em contato com qualquer representante.

A denúncia sobre a merenda foi entregue à Justiça. A investigação da Ouro Verde continua em sigilo devido ao foro privilegiado. Já a Comissão Processante que apura se Jonas foi omisso sobre os desvios na saúde tem prazo de 90 dias.

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