A cassação do mandato político do prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho, do PP, pela Justiça Eleitoral no último dia 07, foi a 11ª troca no comando do executivo municipal num período de apenas cinco anos. Dixon e o vice, Sandro Caprino, do PRB, perderam os cargos após a prestação de contas da campanha de 2016 ter sido reprovada pelo TRE. Eles entraram com recurso no Tribunal Superior Eleitoral. Em caso de aprovação do recurso, eles voltam ao cargo, mas, se tiverem o pedido negado, serão convocadas novas eleições. Até que uma decisão seja tomada, a cidade será administrada pelo presidente da Câmara Municipal, Du Cazellato, do PSDB.
O caos político na cidade teve início após as eleições municipais de 2012. Na ocasião, o ex-prefeito Edson Moura concorria ao cargo, mas foi barrado pela justiça pela lei da ficha limpa. Um dia antes da eleição, ele foi substituído pelo filho, Edson Moura Júnior, que venceu o pleito. Começava aí uma guerra jurídica entre ele e o então segundo colocado, José Pavan Júnior, que tomou posse no dia primeiro de janeiro de 2013. Em julho daquele ano, Moura Junior obteve liminar e foi empossado como prefeito.
Ao longo do tempo, novas liminares foram obtidas e a prefeitura mudou de mãos por várias vezes, sendo assumida em algumas ocasiões pelo então presidente da Câmara, Marquinhos Fiorella. Até dezembro de 2014, eles revezaram no poder por três vezes. A partir de 2015, a presidência da Câmara de Paulínia foi ocupada por Sandro Caprino, que acabou de ter seu mandato de vice-prefeito cassado. Ele chegou a assumir a chefia do executivo por dois dias em fevereiro daquele ano. José Pavan Júnior ainda voltou a prefeitura, antes de ser sucedido por Dixon Carvalho, que venceu as eleições de 2016.
O caos político de Paulínia preocupa a população. Para Luis Guilherme Lopes, a sensação é de que a cidade está abandonada. Já Fernando Athaíde disse que com tanta instabilidade política, projetos acabam ficando parado, prejudicando a população. Em 2017, a Justiça Eleitoral havia cassado os mandatos de Dixon e Sandro por abuso do poder econômico, por causa dos recursos usados na campanha eleitoral de 2016. Os dois permaneceram nos cargos até a nov decisão da justiça, proferida no último dia 07.