Oito pessoas foram presas, na manhã desta segunda-feira, durante a Operação Borra 500, envolvendo os líderes e operadores de um grupo criminoso especializado na prática de sonegação fiscal, com valores que chegam a cerca de R$ 2 bilhões e 800 milhões.
Além dos mandados de prisão foram cumpridos 10 de busca e apreensão em vários bairros de Campinas e também nas cidades de Paulínia e Jaguariúna. É uma Operação do Ministério Público, em conjunto com a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria do Estado de São Paulo, com o apoio da Polícia Militar, através do 1.º BAEP.
O golpe se dava através da emissão de notas fiscais eletrônicas falsas, simulando a venda e compra de combustível, especialmente de óleo diesel. São empresas de transporte que emitiam notas fiscais falsas para operações de compensação de débitos de ICMS perante a Fazenda Estadual paulista.
As notas fiscais falsas eram emitidas para fim de compensação de créditos dentro do sistema de recolhimento do imposto, permitindo que o grupo deixasse de recolher o que efetivamente deviam por outras operações.
As investigações apontam indícios de que dezenas de postos de gasolina da região estão envolvidos, além de pessoas jurídicas, bem como centenas de empresas de transporte de todo o Estado estão vinculadas às notas fiscais falsas e que foram usadas para sonegar os tributos.
O Promotor do Gaeco, José Tadeu Baglio, contabiliza ainda 300 transportadoras notificadas. As buscas incluíram um condomínio residencial em Campinas no bairro Chácara da Barra, na Rua Nazaré Paulista, o condomínio Comercial Praça Capital, além dos bairros Nova Europa e Dom Bosco e as cidades de Paulínia e Jaguariúna.
