O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou, nesta quarta-feira, o pedido de Habeas Corpus requerido pelas defesas dos presos na terceira fase da Operação Ouro Verde, em Campinas, em 22 de novembro desse ano.
Um deles é Gustavo Khattar de Godoy. Ele está preso desde o dia 26 de novembro quatro dias depois da operação. Ele é proprietário de uma empresa de radiologia que foi contratada pela Organização Social Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde, na época. Uma contratação que teria sido intermediada pelo pai, o empresário Sylvino de Godoy, dono da Rede Anhanguera de Comunicação, que em troca teria prometido omitir nos veículos de comunicação que comanda notícias sobre uma suposta ligação da administração municipal com o desvio de recursos públicos pela Vitale.
Com a decisão do STJ, permanecem presos os empresários Felipe Brás e Danilo Silveira, os funcionários da Vitale, Thiago Pena e Alcir Fernandes Pereira, e o lobista João Carlos da Silva Junior, o Juninho. Essa semana o STJ já havia negado o pedido de Habeas Corpus do ex-secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Campinas, Silvio Bernardin. De todos os detidos na 3º fase da Operação, apenas Sylvino de Godoy Neto teve a prisão revogada pela justiça.
Os promotores constataram desvio de pelo menos R$ 7 milhões da área da saúde, mas calculam que o prejuízo total seja maior: entre R$ 20 e R$ 25 milhões.
O advogado de Gustavo de Godoy, Ralph Tórtima Filho, disse que já recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal). Os demais advogados não foram localizados.