O vereador Marcelo Silva, do PSD, reconhece que teve dificuldades, mas defende o próprio trabalho após a ausência das 10 testemunhas arroladas por ele na audiência da Comissão Processante instaurada na Câmara de Campinas. O parlamentar diz que a lista foi feita conforme a importância dos nomes na investigação sobre os desvios no Hospital Ouro Verde, mas não acredita que as faltas causem prejuízo à acusação contra o prefeito Jonas Donizette, do PSB.
Marcelo ressalta que o fato de seis pessoas convocadas estarem presas foi o que mais causou complicações, já que as liberações dependiam da Justiça. No caso das outras quatro, lamenta que a presença nas oitivas não fosse obrigatória. Como ninguém foi ouvido, o autor da denúncia sobre a possível omissão do Chefe do Executivo no esquema de corrupção aposta agora na aprovação da convocação de três envolvidos considerados de alta importância por ele.
O pedido dele foi feito através de dois requerimentos feitos aos vereadores membros da comissão. Dois dos nomes são Daniel Câmara, ex-diretor da OS Vitale, e Ronaldo Pasquarelli, empresário também ligado à organização. Os dois fizeram um acordo de delação premiada, estão em prisão domiciliar e estariam dispostos a depor, desde que tivessem a imagem preservada. O outro é Maurício Rosa, comissionado com a função de obter mais recursos do hospital.
Os requerimentos do vereador Marcelo Silva serão analisados até o dia 21. A decisão foi tomada pelo presidente da Comissão Processante, Luiz Henrique Cirilo, do PSDB, já que a defesa do prefeito apresentou questionamentos. O advogado que representa o prefeito Jonas Donizette, Marcelo Pelegrini, já se manifestou e alega não ver brecha legal para que as solicitações sejam atendidas. De qualquer modo, diz estar tranquilo em relação aos trabalhos.
