A tragédia na Catedral Metropolitana de Campinas, que chocou a cidade e repercutiu em todo o mundo, completa um mês nesta sexta-feira.
O atirador, Euler Fernando Grandolpho, entrou na igreja e disparou contra os fieis, após a missa do meio dia.
Entre as vítimas do ataque, quatro morreram no local: Sidnei Vitor Monteiro, José Eudes Gonzaga Ferreira, Cristofer Gonçalves dos Santos, e Elpídio Alves Coutinho.
Heleno Severo Alves, de 84 anos, chegou a ser internado no Hospital Mário Gatti, onde passou por cirurgia, mas morreu um dia depois.
Além das cinco mortes, o autor dos disparos deixou 3 feridos. Os sobreviventes relataram o desespero dos fieis no momento do massacre, que correu por volta de 13h, quando cerca de 15 pessoas estavam no local. Testemunhas contam que policiais militares evitaram que a tragédia fosse ainda maior.
Após ser rendido pelos policiais, o atirador se matou com tiro na cabeça, em frente ao altar.
A Polícia Civil apurou que Euler Fernando Grandolpho planejava a chacina desde 2008, premeditou o crime e agiu sozinho.
A conclusão foi baseada em textos, fotos e vídeos encontrados na casa do assassino. Em um dos textos, o atirador escreveu: “A chacina está programada desde o fim de 2008, quando eu tinha mais consciência dos valores e me perguntava o que essas aberrações estão fazendo.”
As investigações concluíram que o assassino tinha problemas psicológicos e mania de perseguição.
No material encontrado pela Polícia, Grandolpho relata que precisava descobrir quem fazia ruídos no quarto dele. Grandolpho deixou ainda registrada a intenção de fazer algo que ele descreveu como grandioso, como um massacre, e que assim sua alma ficaria em Paz.
A investigação descobriu que Euler viajou três vezes ao Paraguai, onde teria comprado a arma usada no crime.
Na casa dele, a polícia encontrou também algumas fotos do atirador manuseando os armamentos e fazendo treinamento.