A Câmara de Paulínia terá uma sessão solene, às 10h desta sexta-feira, para a posse do vereador Antônio Miguel Ferrari (o Loira), do DC, como prefeito interino de Paulínia. A convocação para a sessão foi feita, nesta quinta, pelo vice-presidente no exercício da presidência, o vereador José Carlos Coco da Silva, o Zé Coco.
Esse é apenas mais um capítulo da história recente do município que, com essa troca, chega a 13 o número de vezes que se alternou o chefe do executivo desde 2009. Loira assume a cadeira de Du Cazellato (PSDB), que, por sua vez, já havia assumido o cargo em novembro passado, com a cassação do prefeito Dixon Carvalho (PP) eleito em 2016.
O advogado de Cazellato, Marcelo Pelegrini criticou a medida adotada pelo legislativo.
O advogado defende que Cazellato permaneça como prefeito mesmo acabando o seu mandato de presidente da Câmara, cargo esse que o proporcionou que ocupasse a principal cadeira do executivo municipal, quando Dixon teve o mandato cassado. Para Marcelo Pelegrini, o recém-eleito presidente da Câmara só deveria assumir a prefeitura no caso de vacância do cargo, o que não ocorre agora.
Em agosto de 2018, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) condenou Dixon Carvalho por abuso de poder econômico, cassando o mandato do prefeito e do vice dele, Sandro Caprino (PRB). Dixon ainda aguarda recurso no Tribunal Superior Eleitoral.
Em novembro passado, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, indeferiu o pedido de tutela provisória incidental e, com isso, negou o retorno de Dixon à Prefeitura.
Recentemente, porém, ele obteve uma vitória na justiça conseguindo uma liminar no próprio STF que impede uma nova eleição suplementar na cidade até que o TSE julgue em definitivo os recursos apresentados pela defesa dele. Diante da situação, não se descarta a possibilidade de que Dixon possa reassumir o cargo ainda este ano.
