O resultado da votação que absolveu o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB, de três acusações distintas foi lido pelo presidente da Câmara, Marcos Bernardelli, do PSDB, pouco depois das três da tarde desta quarta-feira.
Naquele momento, a sessão extraordinária convocada para julgar o mandato do Chefe do Executivo completava 22 horas. Aberta no dia anterior, a reunião teve o segundo dia marcado pelas manifestações dos vereadores e da defesa.
Além de 15 dos 32 membros presentes que falaram na tribuna por até 15 minutos cada um, o advogado que representou Jonas no processo, Marcelo Pelegrini, fez uma argumentação que durou pouco mais de 30 minutos.
Com isso, foram abertas as votações para cada uma das infrações que teriam sido cometidas pelo Chefe do Executivo. O placar de 24 a 8 se repetiu em todas e não surpreendeu o vereador que fez a denúncia, Marcelo Silva, do PSD.
O responsável pela defesa técnica de Jonas Donizette, Marcelo Pelegrini, no entanto, se disse satisfeito e voltou a repetir a tese de que a acusação não conseguiu comprovar que o prefeito foi omisso no Caso Ouro Verde.
Recebida com resignação por um lado e com satisfação pelo outro, a contagem dos votos nos telões do Plenário, no entanto, chamou a atenção dos presentes por dois detalhes. Um deles foi a ausência de Vinicius Gratti, do PSB.
Sobre isso, a assessoria da Casa informou, após a votação, que desconhecia qualquer justificativa para a falta. O outro foi o voto surpreendente de Campos Filho, do DEM, que optou pela cassação, mas saiu sem dar entrevista.
Em posicionamento oficial, o prefeito Jonas Donizette afirmou que “entende que a justiça foi feita, já que tomou todas as providências necessárias assim que o Ministério Público apontou problemas de corrupção no Hospital Ouro Verde”.
Além disso, alega no comunicado enviado à imprensa que “tirou a Vitale da gestão do hospital, afastou os servidores acusados de envolvimento no caso e implantou a Rede Mário Gatti, que passou a administrar o Ouro Verde”.
O Chefe do Executivo também diz no texto que agradece às pessoas que o apoiaram e não fizeram julgamentos precipitados e encerra a manifestação com uma citação religiosa: “a porta que Deus abre ninguém fecha”.
