O secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, citou o turismo e a economia ao voltar a defender as barragens de Pedreira e Amparo. Para Penido, além de garantir o abastecimento de cinco milhões de moradores da região de Campinas, as represas devem incrementar a renda nos municípios.
Como exemplo, cita cidades como Nazaré Paulista, que baseiam parte da economia e do setor de serviços nas atividades ligadas à pesca e ao ecoturismo. O secretário ainda lembra os empregos gerados durante a execução das obras das duas reservas de água, além do retorno financeiro gerado pelos impostos.
Os argumentos de Penido são motivados pelos questionamentos feitos sobre o reservatório de Pedreira, que teve embargo decretado pela Prefeitura da cidade. A medida foi aprovada no mês de fevereiro devido ao temor de uma tragédia após o rompimento da barragem de rejeitos, em Brumadinho, Minas Gerais.
A situação fez com que o secretário iniciasse um diálogo com o Poder Municipal. Entre os pontos abordados, estava o tipo e a segurança do empreendimento. Apesar de entender o medo gerado pela tragédia da Vale no final de janeiro, esclarece que a estrutura não tem o propósito de conter rejeitos de minério.
Mesmo com o decreto da Prefeitura de Pedreira, o Departamento de Água e Energia Elétrica, entende que o município não tem poder de veto e as obras seguiram. Enquanto isso, a construção da barragem de Amparo não começou e, por enquanto, não deve ter embargo. As duas represas vão custar R$ 740 milhões.