Cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham no Brasil, 68% deles em atividades não agrícolas e o restante, 32%, na agricultura. De cada três crianças em situação de trabalho, duas são do sexo masculino. Já no trabalho infantil doméstico, 94% é realizado por meninas.
A região Sudeste concentra o maior número de crianças e adolescentes que trabalham. A estimativa é de 854 mil. Os dados divulgados pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil foram baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)/ IBGE de 2015.
O jovem Joesley Santos , fez parte dessa estatística. Hoje ele está com 19 anos de idade, mas desde os 16 trabalha no mercado informal sem nenhum tipo de direito trabalhista.
De acordo com a Juíza do Trabalho Camila Ceroni Scarabelli, responsável pelo Juizado Especial da Infância e Adolescência Trabalhista da Região de Campinas, no período de março de 2015 a março de 2019 foram registrado mais de 500 processos na Justiça do Trabalho de Campinas. O grande desafio segundo ela, é identificar as irregularidades para que as medidas cabíveis sejam tomadas pela Justiça.
A promoção do trabalho decente é um dos 17 objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que estipulou 169 metas, entre elas, o ano de 2025 como o marco para a eliminação de todas as formas de trabalho infantil.
