A instalação do sinal sonoro e a adequação do piso tátil para deficientes visuais no centro de Campinas são as medidas mais urgentes apontadas pelo vereador Carlão do PT, que preside a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara.
As constatações foram feitas em uma vistoria na região da Avenida Francisco Glicério, via reformada há cerca de três anos, mas que ainda apresenta obstáculos que afetam o cotidiano de pessoas com mobilidade reduzida.
Os problemas, segundo Carlão, acontecem desde a entrega das obras, em 2016, e foram elencados em um relatório enviado à Prefeitura em setembro do ano passado. Passados seis meses, no entanto, ele reclama que pouco foi feito.
Entre os obstáculos encontrados no trajeto do piso tátil, estão tampas de ferro de telefonia e postes, que podem causar acidentes e ferir os deficientes visuais. Mas há também outras dificuldades, mais comuns e antigas no cotidiano.
Dalva Maria, que perdeu a visão há cerca de quatro anos, diz que a travessia pelas faixas de pedestres é um desafio, já que nem sempre surge alguém para ajudar no caminho. Por isso cobra a instalação de sinais sonoros nos semáforos.
A Prefeitura de Campinas enviou nota informando que “a revitalização da Avenida Francisco Glicério foi executada atendendo às normas técnicas” e que a via possui dois tipos de piso tátil: “um pra direcionar e outro para alertar”.
No comunicado, a Administração diz que continua estudando novas tecnologias e que “técnicos avaliam possibilidades para aperfeiçoar a colocação de piso tátil nos trechos onde já houve a instalação, além de estudar a possibilidade de ampliação”.
Já sobre os semáforos sonoros, diz que “a Emdec, neste momento, estuda novas tecnologias para a instalação em pontos estratégicos”. Sobre os contêineres, vai orientar garis para que movam os dispositivos em caso de obstrução.