Dois atos de policiais civis em delegacias de Campinas marcaram o movimento nacional contra a reforma da Previdência na cidade. A categoria se soma aos agentes federais e rodoviários do País contra a proposta apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro, do PSL.
No entendimento dos sindicatos e federações, os termos apresentados só beneficiam as Forças Armadas e a Polícia Miliar. Por isso o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Campinas e Região, Aparecido Lima de Carvalho, cobra tratamento igualitário.
O texto impõe mínimo de 55 anos para aposentadoria de policiais civis, federais e agentes penitenciários. A exigência antes não existia. Além disso, também aumenta o tempo mínimo de contribuição em 30 anos para homens e 25 para mulheres, sem regra de transição.
Desse período, homens precisarão cumprir 25 anos. Mulheres, 20. Já entre os militares, outra proposta mantém a integralidade e a paridade. Para o presidente da entidade que representa os policiais civis da região, os itens previstos representam perdas de direitos para a categoria.
Os protestos em Campinas aconteceram em frente ao 1º Distrito Policial, na região central, e na 2ª Delegacia Seccional, no Jardim Londres. Nos dois locais, dezenas de policiais civis se juntaram com faixas e cartazes de repúdio à proposta. O atendimento não foi afetado nas unidades.
O movimento é organizado pela União dos Policiais do Brasil, que é composto por confederações, federações e sindicatos de vários estados. Os atos acontecem antes da grande mobilização de agentes de Segurança Pública programada para acontecer no próximo dia 21, em Brasília.