Em uma semana os casos de dengue em Campinas dispararam e chegaram a 11.305. No mais recente balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, o crescimento em uma semana foi de 38,5% já que o município contabilizava 8.157 até a última semana. Seguem as duas confirmações de mortes, sendo uma jovem de 19 anos e uma bebê de cinco meses.
Com os dados mais recentes, a epidemia deste ano se aproxima, em números, da de 2007. Na ocasião, foram 11.442 casos e duas mortes registradas, sendo a terceira pior epidemia de dengue no município.
A região mais atingida em 2019 segue sendo a Noroeste, com 3.168 registros, seguida pela Sudoeste com 2.890 casos; e pela região Sul com 2.828.
A Diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde ), Andrea Von Zuben explicou que trata-se de uma espécie de “limpeza de banco de dados”, fazendo referência aos casos em investigação e afirmou que o número de novos casos vem caindo.
Andrea fez um alerta referente ao desabastecimento, por parte do Governo Federal, do inseticida que é usado para a nebulização e que está comprometendo o trabalho de combate ao mosquito transmissor da doença. Ela comentou que o município é proibido de comprar o produto e reforçou a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito.
Entre 1º de janeiro e 30 de abril deste ano mais de 320 mil imóveis foram visitados pelas equipes que atuam no controle da dengue. No mesmo período, cerca de 73 mil imóveis foram nebulizados com inseticida e aproximadamente 203 mil imóveis tiveram criadouros removidos.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que não deixou de fornecer os insumos considerados estratégicos aos estados para o controle de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Somente nos quatro primeiros meses de 2019, o estado de São Paulo recebeu 50 mil litros de um produto específico.
Ocorre que a empresa fabricante recolheu 105 mil litros do produto para testes e ensaios de qualidade, devido a problemas em sua formulação que inviabilizaram o uso. O quantitativo está previsto para ser devolvido ao Ministério da Saúde em junho.