A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou a quarta morte por dengue no município este ano. Trata-se de um homem de 55 anos, que morreu em abril passado, e que morava no Campo Grande (região Noroeste). Ele foi atendido na rede pública de saúde. As outras três mortes confirmadas são de uma bebê de 5 meses, uma jovem de 19 anos e um homem de 92.
Os casos confirmados da doença também cresceram e já chegam a 18.515. No último balanço divulgado, em 27 de maio, as confirmações somavam 13,9 mil.
Durante entrevista coletiva à imprensa, as autoridades de saúde do município ressaltaram que a maioria das regiões reduziu a incidência de casos, exceto a Noroeste. Ela segue como a principal responsável pelo avanço da dengue e já contabiliza 5.568 confirmações.
Diante dos números, o Secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza disse que o foco, agora, é a região e que, nas próximas semanas, agentes estarão por lá visando possíveis criadouros.
A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Tessa Roesler, comentou que na região Noroeste, é comum se observar o descarte irregular de lixo e entulhos em áreas que a prefeitura faz a limpeza e que, dias depois, já está novamente tomado de material. Segundo ela, a quantidade de criadouros na região se deve, principalmente, a concentração urbana e o número de focos do mosquito.
Esta já é a terceira maior epidemia de dengue em Campinas desde 1998. Questionado se o município estaria imune a uma possível epidemia em 2020, o epidemiologista da Secretaria de Saúde, André Ribas Freitas afirmou que não. Pelo contrário. As autoridades terão que se preparar para mais um quadro que vai exigir esforços e planejamento. As outras duas epidemias em Campinas foram em 2014 e 2015.