A votação na Câmara de Campinas do pedido de Comissão Processante contra o vereador Tenente Santini, do PSD, suspensa por falta de quórum, foi marcada por discussões entre os vereadores que faziam a linha de defesa de Tenente Santini e a presidência da casa. A confusão ocorreu principalmente no momento da votação. A sessão começou com 21 vereadores presentes, sendo 17 o quórum necessário.
O Vereador Marcelo Silva, do PSD, chegou a pedir revisão de quórum, quando foi verificado que os 21 vereadores marcaram presença no placar eletrônico. No resultado final, 14 deles votaram a favor da abertura da CP e os demais não votaram. O presidente da Câmara, Marcos Bernardelli, chegou a anunciar que a CP havia sido aprovada. Mas, Marcelo Silva reagiu, pedindo o posicionamento da corregedoria e a suspensão da sessão.
Nesse momento, Paulo Galtério, do PSB, tentou evitar a manifestação de Marcelo Silva, mas sem sucesso e apoiadores de Santini que estavam no público tentaram invadir o plenário, mas foram contidos pelos seguranças. Orientado pela Corregedoria, Bernardelli voltou atrás da decisão e acabou suspendendo a sessão por falta de quórum.
O pedido de CP foi protocolado pelo vereador Jorge Schneider, do PTB, na manhã desta segunda-feira. O objetivo é investigar 14 acusação feitas no plenário por Tenente Santini contra vereadores da casa na sessão do último dia 5. Entre elas, a de que parlamentares seriam financiados por facções criminosas. Mas, para o vereador, Tenente Santini, esse pedido de CP não passa da uma manobra de vereadores da base governista de tirá-lo do jogo político. Uma afirmação que foi rebatida por Jorge Schneider. Se a CP for aprovada, o vereador Tenente Santini poderá ser afastado durante os trabalhos da Comissão. Um procedimento que depende da decisão do presidente da Câmara.
