Os sucessos de Guilherme Arantes

Quando abandonou a faculdade de arquitetura e urbanismo da USP, Guilherme Arantes apenas sonhava com a carreira musical.    E a tentativa já havia acontecido        como integrante do grupo Moto Perpétuo,   mas não passou de um disco.      A          grande oportunidade surgiu quando a gravadora Som Livre se interessou por    “Meu Mundo e Nada Mais” para a trilha de uma novela. Um pequeno ajuste na letra para encaixar com o personagem e a canção escrita ainda na adolescência abriu o caminho para o sucesso.

Ray Charles foi a influência durante a infância, e infância aqui não é força de expressão, basta dizer que Guilherme Arantes começou a tocar cavaquinho com apenas 5 anos, pra logo depois encontrar o instrumento com o qual  teve  afinidade  instantânea :  o piano.

As comparações com Elton John foram inevitáveis, mas nunca atrapalharam Guilherme Arantes, pois como um bom ouvinte, ele escutou artistas de diversos estilos e gêneros e se sentiu a vontade para criar o que lhe agradava. A prova disso é que mesmo distante da grande mídia, ele continua lançando discos com músicas inéditas   e fazendo shows por todo o País.

No período em que participou de alguns dos chamados festivais da canção,  esses eventos já não causavam tanta comoção no público, mas em 1981 uma música de Guilherme Arantes provocou a participação apaixonada e exagerada das milhares de pessoas que estavam no Maracanãzinho.

“Planeta água” é um clássico, e quem estava no Maracanãzinho percebeu isso e cantou em coro junto com Guilherme Arantes. Essa foi a parte apaixonada. O exagero aconteceu quando o público soube que a música ficou em segundo lugar, aí sobrou pra Lucinha Lins. Ela ficou em primeiro lugar com a música “Purpurina”, mas não teve motivo pra comemorar porque foi vaiada por cerca de 10 minutos e atingida por diversos objetos jogados no palco.

“Planeta água” é tão importante na vida de Guilherme Arantes que dá nome a uma ONG criada por ele na Bahia para desenvolver projetos ambientais e sociais. Morando em Salvador desde 2000, é lá também que montou um estúdio profissional para gravar suas músicas e produzir outros artistas.

A dificuldade que sempre admitiu ter para escrever letras é proporcional a facilidade para compor música. Guilherme Arantes já disse que se expressa com as mãos, e não há a menor dúvida de que ele conseguiu sensibilizar milhares de pessoas.

No começo dos anos 80 foi o artista brasileiro que mais arrecadou com direitos autorais, e há muito tempo é regravado por diferentes gerações, o que é uma prova indiscutível de que a obra desse paulistano agrada muita gente.

Confira esta edição

 

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produção

Walmir Bortoletto

edição

Paulo Girardi

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