No mundo empresarial, existem quatro modelos de líderes. Mas poucos empresários conhecem aquele que melhor se encaixa em seu modo de de trabalho e liderança. Neste bate-papo com Eduardo Santana, o professor, coach e palestrante Carlos Franco, com décadas de experiência, explica as diferenças de cada estilo e como cada um se aplica no cotidiano dos empresários, seja ele micro ou de pequeno porte.
Segundo Franco, no Brasil existe uma cultura arraigada na qual o verdadeiro líder é aquele que domina e saiba mandar. “Ser líder é ter o poder”, acrescenta. Mas este pensamento já vem mudando no meio empresarial, embora a mudança leve tempo. “Existe mais que um modelo de liderança. O próprio Ghandi ensina isso: se você não souber se autoliderar você não vai governar os outros”, alerta.
Para que dirige um negócio ou ocupa cargos de liderança, o importante é que a pessoa faça uma análise minuciosa e encontre o seu modelo de liderança para aplicar em seu dia a dia.
“Steve Jobs é aquela figura chata, que olha o detalhe, mas que levou sua empresa – a Apple – a virar a maior empresa do mundo”
O especialista explica que existem quatro tipos de liderança. O primeiro é o líder executor, personificado na figura de Bill Gates, um dos maiores líderes empresariais do mundo. O segundo tipo de líder é o analítico, como Steve Jobs. É aquela figura chata, que olha o detalhe. “Mas ele levou sua empresa – a Apple – a virar a maior empresa do mundo”.
Outro modelo de liderança é o do líder comunicador. De acordo com Franco, este empresário segue a mesma linha de Nelson Mandela, uma das figuras mais importantes do mundo político, que saiu da prisão para ser presidente da África do Sul. Por último, existe o líder sonhador, visionário, planejador, cuja categoria é liderada por Walt Disney.
“É isso que eu faço. Trabalho em coaching de alta liderança para descobrir qual a essência de liderança de cada pessoa e, a partir daí, vamos desenvolvê-la”
Antes de você adotar uma das quatro categorias, Franco recomenda que você descubra qual o seu verdadeiro estilo. Isso o ajudará a se descobrir, ao invés de ficar brigando, por exemplo para ser líder executor, quando seu perfil é outro. “É isso que eu faço. Trabalho em coaching de alta liderança para descobrir qual a essência de liderança de cada pessoa e, a partir daí, vamos desenvolvê-la”, explica. “Com isso (a partir da descoberta) vai ser natural que as pessoas queiram te seguir. E com isso você vai aumentar a produtividade, o desempenho, o resultado e tudo mais dentro da empresa”.