O acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e da União Europeia (UE), assinado no final de junho e a ser totalmente implementado ao longo dos próximos anos, vai abrir uma imensa janela de negócios para as empresa de todos os portes, incluindo as pequenas e médias. Serão pelo menos 773 milhões de potenciais novos consumidores em potencial.
Em entrevista ao quadro Panorama Empresarial, do Programa Um a Um com Eduardo Santana, o diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Regional Campinas, José Henrique Toledo Correa, elogia esta nova fase, aguardada há mais de 20 anos. A título de comparação, ele explica que a abertura comercial com os países membros da UE é um passo importante para a economia brasileira, bem mais significativa ao acordo que criou o Mercosul, quando as empresas nacionais passaram a ter acesso a aproximadamente 40 milhões de argentinos, paraguaios e uruguaios.
O diretor do Ciesp Campinas diz que é muito importante que as empresas regionais já comecem a se preparar e movimentar para não perder negócios. “Não sabemos quanto e efetivamente quando poderemos colocar nossos produtos no mercado (europeu), mas acho que as empresas já podem começar a pensar, principalmente as exportadoras, em fazer uma pesquisa de mercado na Europa, saber quem pode comprar seu produto, começar a ter relações comerciais, ter possíveis representantes e até filiais”.
O fato de as cidades da região de Campinas estar no maior polo em importância econômica do Estado de São Paulo, atrás somente da Capital, e beneficiadas por toda infra-estrutura rodoviária, proximidade de aeroportos, portos, e com forte viés exportador, vai alavancar ainda mais os negócios de exportação.
“A expectativa é de que as exportações aumentem. Temos produtos de consumo, produtos de não consumos, insumos para as indústrias. Ou seja, toda a cadeia produtiva será beneficiada com este acordo”, acredita.
Somente na região do Ciesp Campinas já existem cerca de 40 setores mapeados e que serão beneficiados com a abertura comercial.
Para quem acha que somente as grandes empresas terão acesso a este enorme mercado consumidor, Toledo Correa deixa um recado. “As pessoas perguntam o que eu vou fazer na minha empresa se não exporto. Mas você pode ser o fornecedor de uma empresa que vai exportar, fornecedor de uma terceira que vai fornecer (para a exportadora)”, afirma.
Texto: Marcelo Oliveira – Assessoria de Imprensa do BNI Planalto Paulista