Taxistas, comerciantes e pedestres que passam pelo monumento-túmulo de Carlos Gomes, no centro de Campinas, citam a falta de uma peça de bronze para exemplificar o descuido com a manutenção ao redor da estátua do maestro.
O furto de uma das quatro flâmulas que adornam o pedestal de granito aconteceu há pelo menos dois meses e preocupa os campineiros, mas é só um dos problemas apontados por quem trabalha na região da Praça Bento Quirino.
O motorista de táxi Alex Leite conta que as tampas de dois poços na base da estrutura também foram roubadas. Com isso, os buracos passaram a ser usados como depósitos de lixo. Ele afirma já ter acionado a Prefeitura por três vezes.
Cansado de esperar por uma solução, relata que ele e os colegas tomaram iniciativa e comprova com imagens feitas com o celular. No vídeo, um dos taxistas retira embalagens plásticas, papéis e outros detritos de um dos buracos.
Sobre a peça de bronze furtada, lamenta e lembra que o ornamento foi levado provavelmente de madrugada, já que ninguém viu qualquer ação suspeita. Mesmo assim, cita que o episódio é só mais um registrado ao redor da estátua.
A Secretaria de Cultura se manifestou. No comunicado, informa que, “como se trata de um objeto tombado, de importante valor histórico, a Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural fará um estudo técnico minucioso”.
Além disso, alega que existe uma câmera da Cimcamp próxima à Praça Bento Quirino, na Avenida Benjamin Constant. Porém, justifica que a câmera “faz rotação em 360 graus, não ficando fixa para monitorar o monumento”.
Sobre as tampas e o lixo, o Departamento de Parques e Jardins disse que enviará uma equipe para tomar as providências. A nota se encerra orientando que a Guarda Municipal seja acionada pelo 153 em caso de furto e vandalismo.