Ninguém aprende samba no colégio. Apesar do desejo do pai, ele não foi doutor, mas se eternizou como o “poeta da Vila”. Noel de Medeiros Rosa, nasceu em 11 de dezembro de 1910. O violão apareceu por volta dos quinze anos, daí em diante os livros já não faziam parte de seu universo, apesar de frequentar a escola. Foi no ano de 1929, precisamente no dia 27 de julho, que apresentou sua primeira composição “ Minha Viola” – O grupo Bando de Tangarás, a primeira experiência musical de Noel Rosa fez sucesso por muito tempo, tocando em cinemas, rádios e teatros gratuitamente, porque na época ser músico popular e ganhar por isso tinha uma conotação marginal. O grupo também contou com dois dos nomes mais importantes da música popular brasileira com Almirante no vocal e Braguinha no pandeiro.
Mas em 1931, decido, resolveu pelo samba e deixou o curso de medicina para trás. A criatividade era tanta que neste mesmo ano lançou mais de 20 canções. A música “ Gago apaixonado” foi a responsável pela aproximação e amizade do compositor com Marília Batista que foi a sua intérprete preferida. Posto que também era divido por Aracy de Almeida.
O rádio era o grande veículo de entretenimento, o programa de Ademar Casé foi um ambiente que o cantor da vila freqüentou muito tempo. E em 1936 Noel ao lado de Marília Batista gravou “ Cem mil Reis ”, foi a sua primeira gravação lançada pela Odeon.
Apesar de ser baixo, magro, ter o maxilar inferior fraturado pelo fórceps, devido á complicações no parto, Noel Rosa cativava as mulheres com sua inteligência e sambas. Os cabarés da lapa eram muito presentes em sua vida além é claro, as brigas, os amores , e sua grande paixão Ceci.
Noel Rosa que morreu muito jovem com 26 anos em 4 de maio de 1937–nos deixou composições maravilhosas que estão presentes em rodas de samba por todos os cantos. Como e emblemática “ conversa de botequim ” uma sintonia perfeita da letra de Noel com o arranjo do grande parceiro o paulistano Vadico.
Autor de quase 300 canções Noel Rosa foi um verdadeiro cronista de seu tempo. Sua habilidade em escrever foi inquestionável o que ajudou a consolidar o samba como o gênero de maior representação da música brasileira.
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Produção
Walmir Bortoletto
Edição
Paulo Girardi