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Dallagnol faz palestra sem presença da imprensa

O procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, esteve em Campinas no final da tarde da última sexta, dia 30 de agosto, para ministrar uma palestra. O evento, porém, não teve cobertura da imprensa.

Os jornalistas que estiveram na Expo Dom Pedro foram impedidos de entrar no local sob a alegação da assessoria da empresa organizadora, a Uniodonto Campinas, de que o acesso não seria autorizado porque o encontro era fechado.

Além disso, foi explicado à produção da CBN Campinas que no contrato assinado há cerca de um ano com o procurador da força-tarefa de Curitiba já constava que ele não concederia entrevista alguma aos órgãos de imprensa.

Com o tema “A Luta Contra a Corrupção”, a palestra integrou a programação do 9º Congresso Uniodonto Campinas e foi acompanhada por milhares de profissionais e cirurgiões-dentistas, a maioria da região metropolitana.

O evento acontece em meio ao vazamento de conversas pelo aplicativo Telegram envolvendo o nome do procurador. O conteúdo é divulgado desde junho pelo portal The Intercept Brasil em parceria com outros veículos, como Folha e Veja.

Há diálogos, por exemplo, com o atual ministro da Justiça e então juiz Sérgio Moro, nos quais os dois combinam estratégias de comunicação, o que aponta que o magistrado agiu com a intenção de colaborar com os procuradores.

Além disso, outras mensagens mostram Dallagnol pedindo passagem e hospedagem no parque Beach Park para ele e a família como condição para dar palestras sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará.

Em outra ocasião, a Folha divulgou que Dallagnol e o colega da Lava Jato, Roberson Pozzobon, planejavam criar uma empresa em nome das esposas para realizar eventos, lucrando com a fama e contatos obtidos pela força-tarefa.

A ideia de criar uma entidade que não estivesse diretamente ligada ao nome deles foi vista como uma forma de evitar questionamentos sobre a conduta de realizar atividades comerciais por meio de palestras sendo ambos procuradores.

Em uma conversa, inclusive, Dallagnol comemorou com Moro o fato de ainda não ter sofrido punição de órgãos de fiscalização. No caso, as corregedorias do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público.

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