Mais importante do que virtuosismo e técnica apurada o Blues é um estado de espírito.
E John Lee Hooker esse cantor e guitarrista que terminou sua etapa nesta vida em 21 de junho de 2001 aos 84 anos, confirmou essa teoria ao deixar um grande legado. Nascido no Mississipi, iniciou em 1948 sua carreira com o compacto “Boogie Chillen”.,seguindo os primórdios do blues John Lee Hooker apresentou um estilo marcante com notas em repetição de sua guitarra criando um clima contagiante somado o jeito de cantar quase falado. Assim como outros cantores de blues , John Lee nunca se permitiu modificar seu estilo, mesmo com o advento da eletrificação do blues. As suas informações culturais e musicais nunca foram abandonadas. O som primal e visceral que ele produzia em suas canções é que fez dele o que é para o gênero.
O blues passou anos no ostracismo e foi através da re-descoberta do gênero por jovens britânicos, Como Eric Clapton e Mick Jagger , que o estilo voltou a ganhar força a partir dos anos 60, e consequente o resgate da arte de John Lee Hooker. Ele gravou mais de 100 álbuns e viveu os últimos anos de sua vida em São Francisco, onde era dono de um clube noturno chamado “Boom Boom “, nome este inspirado em um de seus sucessos.
John Lee Hooker recebeu a longo da carreira várias indicações e prêmios . Como em 1990 com o album Healer que teve a participação entre outro amigos Carlos Santana e Robert Cray . E em 1996 com o album Chill Out ambos Grammy na categoria melhor disco de blues tradicional .
O menino magro de voz gutural e pronúncia estranha, que acompanhava os acordes de sua guitarra, batendo a sola do sapato no chão para marcar o ritmo , é com certeza um dos pais de todas as gerações que a partir dos anos 50 começaram a gostar de rock, que nada mais é do que um filho do blues.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi
