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MP pede internação de adolescentes suspeitos de emboscada contra jovem

O Tribunal de Justiça deve decidir, nesta terça-feira (17), se acata o pedido feito pelo Ministério Público para apreender os adolescentes acusados de terem feito uma emboscada contra um jovem, nas proximidades do clube da Sociedade Hípica de Campinas.

Os promotores pedem o encaminhamento do trio à Fundação Casa para cumprimento medida socioeducativa. O caso corre em segredo de justiça, e um juiz teria pedido afastamento do processo por conhecer um dos agressores, levando o TJ a ter que nomear outro juiz para o caso. Segundo informações do empresário Paulo Mendes, pai da vítima, o jovem agredido está se recuperando das fraturas e ferimentos causados pelas agressões. Ele voltou a frequentar a escola nesta semana.

O caso ocorreu no início do mês, mas veio à tona na segunda-feira, 9 de setembro. O jovem, de 17 anos, foi espancado por três conhecidos, da mesma faixa etária, quando caminhava da casa dele até a Hípica. As agressões teriam sido motivadas por a vítima ter se relacionado com a ex-namorada de um dos agressores, conhecido da vítima. Este agressor teria tido ainda ajuda do pai na emboscada, o que o advogado de defesa do suspeito nega, embora o pai da vítima afirme que imagens de uma câmera de segurança mostrem o homem levando o trio, de carro, para a realização do espancamento.

Após as agressões, a vítima sofreu fraturas e afundamento do globo ocular, com risco de perda da visão.

Nota da defesa do garoto e o pai dele

Em nota, a defesa do menor de idade e do pai dele informou que o pedido do Ministério Público de internação provisória do menor é totalmente descabido e desproporcional. Os fatos envolvendo o desentendimento dos quatro menores nas proximidades da Sociedade Hípica de Campinas foram totalmente distorcidos pelo advogado do menor agredido, que insiste em debater sua equivocada visão dos fatos por meio das mídias sociais.

As investigações irão apurar a verdade e explicitar que esse desentendimento não teve a participação de nenhum adulto. Ao contrário, o pai do menor separou os adolescentes evitando o prosseguimento do conflito. Desde o primeiro momento, ele se colocou à disposição da família do menor agredido, na figura do advogado desta, para prestar solidariedade e reparar todo e qualquer dano civil, objetivando evitar a espetacularização do lamentável episódio.

Ainda em nota a defesa defende que os argumentos do MP não servem para sustentar a privação cautelar da liberdade de um menor que não tem nenhuma nódoa em sua vida pregressa. Ressalta ainda que uma campanha difamatória e caluniosa promovida nas mídias sociais pelo advogado e familiares da vítima procura aumentar artificialmente a gravidade da briga.

Por fim, alega que a defesa do jovem já requereu ao juiz audiência preliminar, elaborando e elencando o total descabimento da medida pretendida pelo MP e a inexistência de periculosidade, confiando na Justiça e no indeferimento do inidôneo pedido de internação provisória apresentado.

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