Projeto voluntário de educação oferece Vida Nova para moradores do bairro

Foto: Danilo Braga
Foto: Danilo Braga

 

Vida Nova. Um de tantos bairros de Campinas, mas com características próprias, além do nome especial. Longe da região central e dos bairros chamados de nobres, a região não oferece as mesmas oportunidades para quem cresce neste local. Uma realidade vivida há anos, como conta Leopoldo Matias sobre uma tragédia ocorrida há mais de 20 anos e quase esquecida pelo tempo.

Mas para quem viveu a chacina de perto, o medo do preconceito também fazia parte do dia a dia.

O artigo 205 da Constituição Federal diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Mas a matrícula em uma escola não é a garantia de que tudo isso vá acontecer. Muito pelo contrário! Apenas esperar não seria a solução. Por isso, Leopoldo, de 25 anos, que encarou a realidade e se formou em História, teve a ideia de compartilhar a experiência com os vizinhos.

O Coletivo Vida Nova é totalmente gratuito e voluntário. Leopoldo Matias conta que professores de todos os lugares, que tomam conhecimento do projeto, oferecem os serviços de graça fora do horário de trabalho para orientarem os jovens do Vida Nova.

Guilherme Souza Santos, de 16 anos, juntou-se ao grupo bem cedo. O estudante é co-fundador do Coletivo Vida Nova. Ele afirma que buscar conhecimento é uma questão de escolha para o futuro.

O cursinho é voltado para o vestibular. Mas Guilherme conseguiu recrutar uma estudante muito especial para ele.

Já no primeiro ano, o reforço escolar deu resultado. Douglas Santos Valverde conseguiu uma bolsa para cursar Engenharia de Produção na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo o estudante, sem a ajuda dos professores, o sonho não seria possível.

O Coletivo Vida Nova se sustenta com dinheiro dos próprios organizadores e conta com apoio de instituições para alimentação e transporte de alunos, oferecidos gratuitamente, além de atividades no CIC, Centro de Integração da Cidadania, cedido pela Prefeitura no próprio bairro. Para Leopoldo, o nome do bairro é a inspiração.

Guilherme é o MC 2T, autor e intérprete de rap. Além de querer decolar na carreira de cantor, ele pretende se formar em História. A esperança move os sonhos de dar uma condição melhor à família.

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